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terça-feira, 30 de abril de 2013

Feliz aniversário Nenê Botelho!


     Hoje, meu querido avô Nenê estaria fazendo 102 anos. Passei todo o dia pensando nele e não poderia deixar de prestar essa homenagem.

   Um verdadeiro "homem de bem", meu avô, Nenê Botelho era uma pessoa ímpar. Fui da geração de netos que teve a sorte de conviver com ele: acordar nas manhãs ensolaradas de Presidente Venceslau ouvindo as músicas caipiras no radinho AM, aproveitar natais e "anos novos" em família cheios de alegria, paz e víspora, ser beliscada nas pernas por suas "formiguinhas", gritar " paaara vô!" e ouvi-lo responder - com a maior cara de pau- "Que foi? Não tô fazendo nada!".
    Acredito que todo avô deva ser especial.... mas, O MEU, era o MÀXIMO! Em tempos em que  amor e carinho são confundidos com presentes caros, meu querido Nenê Botelho me ensinou o valor dos brinquedos simples, construía com sucata, para os netos se divertirem: balanços de tábua na velha mangueira do sítio, berços de boneca com caixotes e cestos de vime, chapéus de baldinhos de areia, cavalinhos de troncos de árvores....
        Tantas lembranças boas são difíceis de organizar nesse momento, com ele descobri os prazeres de "virar Hulk" e "rasgar uma camisa de abotoamento com velcro". Com ele divido meu amor pela natureza e a paixão pela cor verde em todos os tons. Com ele aprendi que não há nada no mundo mais importante que uma família unida. Com ele aprendi a dar boas risadas e contar belas histórias. Com ele aprendi a Oração de São Francisco:
        Se avó é mãe com açúcar, meu vovô Nenê era o próprio açúcar! Seu coração tão grande não dava conta de tanto amor e pediu pra descansar em um dia de março de 1979.... Desse dia não me lembro, lembro do dia anterior quando brincamos e rimos a mais não poder no sofá da sala da minha casa. Esse era o MEU AVOZINHO QUERIDO!
          Sei que cada conquista profissional ou familiar minha leva um pouco do DNA de Nenê Botelho, e a ele agradeço a pessoa em que me transformei....
           Na memória, guardo cenas de um pequeno sítio no Parque São José onde nos reunimos sempre que havia oportunidade.... pequeno no tamanho, mas com uma árvore frutífera para cada neto, a minha era uma amoreira que ficava encostada no muro....