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domingo, 31 de maio de 2020

ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO

   O sistema digestório humano é um sistema de órgãos que tem como principal função, receber e processar os nutrientes para que sejam utilizados pelas células. A anatomia é a parte da Biologia que estuda os componentes que formam os órgãos, enquanto a fisiologia é a área da Biologia que estuda como esses órgãos funcionam.
   Nosso sistema digestório possui órgãos que são responsáveis pela recepção dos nutrientes e sua digestão. É um tubo cuja entrada é a boca e a saída, o ânus. Como já vimos, todo sistema é um conjunto de órgãos, que por sua vez são conjuntos de tecidos, que por sua vez são conjuntos de células.
                         
   A boca pode ser considerada o primeiro órgão desse sistema, dentro dela, existem outros tipos de órgãos, que fazem parte ativa do processo de mastigação, digestão e deglutição dos alimentos: os dentes, a língua e as glândulas salivares. 
  Os dentes são formados, no centro, por um tecido conjuntivo (de preenchimento e rico em vasos sanguíneos e irrigação nervosa) recoberto por uma estrutura chamada dentina (sensível e rica em sais de cálcio). A dentina é recoberta, pelo esmalte - a substância com maior quantidade de sais minerais no nosso corpo, e que faz com que o dente seja nosso órgão mais duro - e pelo cemento - na região da raiz. Participam dessa forma, da mastigação e da digestão mecânica, cortando e/ou triturando os alimentos.
   A língua é um órgão formado por tecido muscular estriado**, mas também, ricamente enervada e recoberta por receptores nervosos chamados de papilas gustativas, são elas que identificam o gosto dos alimentos. Além de perceber os gostos dos alimentos, a língua empurra o bolo alimentar para a continuação do sistema digestório.
   As glândulas salivares, são órgãos glandulares, compostos por tecido glandular epitelial, e tem como função produzir a ptialina, ou amilase salivar (saliva), que inicia a digestão química do amido na boca, além de umidificar o bolo alimentar para que desça para o restante do sistema. 
  Quando o alimento é deglutido, ele passa pela faringe, órgão compartilhado com o sistema respiratório e que se localiza no fundo da nossa garganta. As células da faringe formam um tecido epitelial estratificado com células caliciformes (forma de cálice), produtoras de muco, e por tecido muscular estriado**, o que ainda permite controle à descida do bolo alimentar. A faringe tem, em seu limite inferior, a epiglote, uma pequena cartilagem que direciona o alimento para o esôfago e o ar, para a traqueia. Quando a gente "engasga", na maioria das vezes, é porque a epiglote se atrapalhou em fazer esse controle.
   Continuando seu trajeto, o alimento desce pelo esôfago, um tubo de tecido muscular liso, que empurra o bolo alimentar em direção ao estômago fazendo os movimentos sincronizados, chamados de movimentos peristálticos, quando sua barriga parece estar "roncando" é apenas o eco dos movimentos peristálticos no sistema digestório vazio. 
     O estômago é o próximo órgão no caminho do bolo alimentar. Aqui, ele muda de nome, passa a ser chamado de quimo, é uma massa de alimentos triturados com muuiiita água, que chega a uma bolsa de músculo liso, com células produtoras de ácido clorídrico em sua parede interna. Esse ácido clorídrico é responsável por iniciar a digestão das proteínas, pois quebra as ligações de hidrogênio que mantém os peptídios unidos.
     O próximo órgão, chama-se intestino delgado, tão grande que é dividido em duas partes: duodeno: onde desembocam o pâncreas (glândula produtora da maioria das enzimas) e a vesícula biliar (produtora de bile - uma substância que emulsifica as gorduras*). Também é formado por musculatura lisa, e revestido internamente por células mucosas, com microvilosidades (dobras na membrana plasmática que aumentam sua superfície). 
       A outra parte do intestino delgado, chama-se jejuno-íleo, e é onde os nutrientes são absorvidos, passando para o sistema sanguíneo. Por essa função, esta parte do duodeno apresenta em sua superfície interna, muitas dobras, chamadas de vilosidades intestinais, que aumentam consideravelmente a superfície de absorção do órgão. 
     O último órgão do sistema digestório é o intestino grosso, aqui, o bolo alimentar muda novamente de nome, vira quilo. Nesse ponto, toda a água adicionada durante o caminho de digestão, é reabsorvida, e volta ao sangue, ou seja, são produzidas as fezes. Quanto mais tempo o quilo permanece no intestino grosso, mais "secas" ficam as fezes. Animais que vivem em locais com pouca água disponível, evacuam "bolinhas" porque a absorção de água no intestino grosso é muito eficiente.
        Como o intestino grosso faz muita absorção, ele também tem muitas vilosidades intestinais, e também é formado por músculo liso** para empurrar as fezes para fora do reto
* EMULSIFICAR GORDURAS é o processo feito pelo detergente de louça: retirada da película que envolve a gordura, permitindo que ela se torne solúvel em água. A bile, é um detergente, não uma enzima.
** A diferença entre MÚSCULO LISO e ESTRIADO é que o liso se contrai independente da nossa vontade, e o estriado tem as contrações controladas pela nossa vontade.


 

terça-feira, 26 de maio de 2020

EXISTE REMÉDIO PARA VÍRUS?

   Toda essa discussão sobre um possível remédio milagroso para a COVID-19 faz com que conhecedores de microbiologia fiquem de cabelo em pé. Afinal, NÃO EXISTE REMÉDIO QUE CURE OU DESTRUA UM VÍRUS!
   Por não possuir célula, os antibióticos não o destroem, A ÚNICA FORMA DE UM ORGANISMO DESTRUIR ESTRUTURAS VIRAIS É A PRODUÇÃO DE ANTICORPOS PELO PRÓPRIO ORGANISMO!
   Antigamente, alguns remédios eram chamados de "antigripais", mas a ANVISA, em 2003, determinou a retirada dessa palavra de suas caixas, hoje, se você prestar atenção, esses remédios são "indicados contra os sintomas de gripe", e gripe, é causada por um vírus.
  A possibilidade de cura permanente, ou não, de uma doença viral relaciona-se com a taxa de mutação desse vírus.
   Por exemplo, o sarampo é um vírus com baixa taxa de mutação, e uma vez que seu corpo tenha produzido anticorpos contra ele, dificilmente terá a doença novamente. A não ser que o vírus sofra uma nova mutação, tornando-se diferente, como aconteceu recentemente. 
  Um outro exemplo, é a gripe, o vírus da gripe sofre mutações constantes, então, a cada ano um vírus de gripe diferente é responsável pela onda de gripe na população, ou seja, você nunca PEGA A MESMA GRIPE, pois seu corpo já possui anticorpos para o "modelo anterior" e o desse ano, é um "modelo novo".
   A medida mais eficaz para controle de doenças virais, é a VACINA, um fármaco que insere em seu corpo, estruturas do vírus que não provocam a doença, mas são semelhantes ao vírus, o suficiente para que suas células de defesa o reconheçam e produzam anticorpos.
   O esquema abaixo representa como a Universidade de Oxford, está fabricando e testando a vacina contra a COVID-19:

         (Clique em cima da figura e abra em outra aba para ver melhor)

   Pois então, a discussão sobre um remédio eficiente contra a COVID-19, só demonstra que algumas pessoas faltaram às aulas de ciências! 
   Independente de qual remédio for utilizado no tratamento de pessoas contaminadas atualmente, esse remédio só tem por efeito, impedir que os sintomas da doença matem a pessoa, antes que o corpo produza anticorpos contra o vírus SARS-Cov-2, também conhecido como Coronavírus.
   Um ponto a favor dessa vacina que está sendo pesquisada, é que, o coronavírus tem taxa de mutação baixa, fazendo com que essa vacina, assim que disponibilizada à população, seja eficaz por bastante tempo.


terça-feira, 19 de maio de 2020

DE ONDE VEM A ÁGUA DAS GOTINHAS QUE SE FORMAM DO LADO DE FORA DO COPO COM GELO?

     Preparando aula remota para os nonos anos: Mudanças de estado físico da matéria, cansada da eterna imagem, e indignada por ela ainda estar rolando na internet.... Pior, sendo usada como base para ensinamento do tema!
                                  Mudanças de estado físico da matéria - Estudo Prático
      Aí você se pergunta: "Mas o que esta louca está dizendo? Essa é a imagem para mudança de estado físico da água, e é bem bonitinha!"
     Pois bem, eu te respondo, o problema dessa - e de muitas - figuras sobre o tema, é a nuvem associada ao vapor d'água! Passo toda a minha vida tentando consertar esse erro conceitual construído pelos estudantes, desde pequenos. Vamos aos fatos:
        Considerando que o estado físico de uma substância depende da conformação e agitação de suas moléculas. No estado sólido, elas se encontram em máxima aproximação e mínima agitação; obviamente, em estado gasoso, elas se encontram no inverso: mínima aproximação e máxima agitação!
      Agora vamos ao outro fato: a proximidade entre as moléculas de uma substância em estado sólido, faz com que ela adquira forma definida e possa ser captada por nosso sistema visual.... seguindo essa linha de raciocínio: substâncias gasosas não têm forma definida e, muito menos, são visíveis aos humanos!
       Está acompanhando meu raciocínio? Se as substâncias gasosas são invisíveis, como podemos "enxergar" a água em estado gasoso como se fosse uma nuvem?
         É esse raciocínio que leva à compreensão, ou não, do processo de condensação, e que explica a pergunta título desse post....
          Condensação é o nome do processo de mudança de estado físico do gasoso para o líquido, ou seja, provoca a aproximação das moléculas e diminuição em sua agitação, fazendo com que, as moléculas daquela substância antes gasosa, percam energia e se aproximem...
            Usando o exemplo da água: quando tomamos um banho muito quente, o banheiro se enche de água condensada. O vapor d'água, que é água em estado gasoso, e estava invisível para nós enquanto a temperatura do cômodo não subiu, condensou, ou seja, passou para o estado líquido, enchendo o banheiro de nuvens....
          Olha o outro erro conceitual aí, gentchhhhyyyy!!!!!
         Então, aquela nuvem que fica no meu banheiro não é vapor? NÃÃÃÃÕOOOO! Aquela nuvem que se forma no banheiro, são gotículas de água (estado líquido) que ficam em suspensão no ar por não ter massa suficiente para ser atraída pela força gravitacional.... Como se fosse a sua nuvem particular...😊😊😊💦💦💦💧.
          Se você quiser desenhar as mudanças de estado físico da água, use essa imagem aqui: 

            É muito mais correta, e não leva ao erro conceitual... E não caia nas armadilhas que mostram moléculas separadas dentro do contorno da nuvem ou da gotinha.... Você já é bem esperto(a)!
         Então, agora você já está preparado(a) a responder à pergunta do título, que por sinal, já foi questão de vestibular.....
                                                    Suando O Vidro De Um Refrigerador De Vinho Foto de Stock - Imagem ...
Fonte: https://pt.dreamstime.com/suando-o-vidro-de-um-refrigerador-vinho-image123600172
       
         

domingo, 17 de maio de 2020

Entendendo "palavrinhas" biológicas

             A Biologia, tem uma profusão de palavrinhas (palavrões) que, se lançarmos mão da velha e ruim decoreba, aprenderemos Biologia só na força do ódio...
             Precisamos considerar que essas palavras utilizadas em Biologia, geralmente são junções de prefixos, sufixos e outros "ismos" gregos ou latinos, e compreender o significado dessas partes, para entender a que se refere o vocábulo que nos interessa aprender, pode ser muito lucrativo. Geralmente, as palavras são autoexplicativas e conseguimos aprender o conceito e sua definição só em compreender os "ismos" que a formam.
            Hoje, falarei de quatro palavrinhas muito importantes para a Biologia, elas podem apresentar diferenciações no final, mas o conceito é sempre o mesmo:
* AUTÓTROFO: AUTO = PRÓPRIO; TROFOS = COMER, então sua tradução literal seria: "PRÓPRIA-COMIDA" (fonte de energia metabólica, no caso).Logo, seriam autótrofos, todos os organismos capazes de transformar a energia luminosa em energia química, conhecida como glicose, utilizando nesse processo, gás carbônico e água, no processo conhecido como Fotossíntese. Atualmente, sobrevivem no planeta, dois tipos de organismos autótrofos: as cianobactérias -algas azuis- e as plantas.
* HETERÓTROFO AERÓBICO: HETERO=DIFERENTE; TROFOS=COMER; AERÓBICO= COM OXIGÊNIO, sua tradução literal seria: "COMEM-ALIMENTO-PRODUZIDO-POR-OUTRO- COM-AJUDA-DO-OXIGÊNIO". Nesse contexto, são heterótrofos todos que fazem Respiração aeróbica, ou seja, com oxigênio. No processo de respiração aeróbica, se utilizam de oxigênio e glicose ("fabricada" por um autótrofo), produzindo energia, água e gás carbônico.
* HETERÓTROFO ANAERÓBICO: HETERO=DIFERENTE; TROFOS=COMER; ANA= SEM; AERÓBICO=OXIGÊNIO, sua tradução literal: "COMEM-ALIMENTO-PRODUZIDO-POR-OUTRO-MAS-SEM-OXIGÊNIO" aqui, a coisa muda um pouquinho: também precisam de glicose como fonte de energia e não podem fabricá-la, então precisam "comê-la"! Mas, nesse processo, NÃO utilizam o oxigênio, produzem menos energia, e para isso, continuam utilizando a glicose, mas o produto final, pode ser álcool acético, álcool etílico ou ácido láctico. A respiração anaeróbica tem outro nome, mais popular: Fermentação, e os organismos conhecidos que a fazem geralmente são bactérias ou fungos.
* QUIMIOLITÓTROFO: QUIMIO= QUÍMICA; LITO=MINERAL; TROFOS= COMER, "COMEM-ALIMENTO-DOS-MINERAIS" bem, pela lógica, são os organismos autótrofos que produzem energia por meio de minerais. Esses são as arqueobactérias descobertas recentemente em locais onde condições de temperatura e pressão, são extremas.
     Repito, são autótrofos também, mas como a origem não é a energia luminosa, recebem esse palavrão, como definição.
     Essas palavras e conceitos são muito importantes para compreendermos a origem dos seres vivos no planeta.
      Os cientistas acreditam que a atmosfera primitiva apresentava compostos minerais como o enxofre, a amoníaco, gás carbônico, água em estado gasoso, gás metano e hidrogênio, sem a presença de oxigênio, então, os aeróbicos, logicamente, não poderiam ser os primeiros a terem se desenvolvido...
      Ficamos, então, com a dúvida sobre quem teria se adaptado primeiro às condições da Terra primitiva: Autótrofos, ou anaeróbicos? Duas hipóteses foram levantadas pelos cientistas:
Autótrofa: os primeiros organismos seriam capazes de fazer fotossíntese, produziriam oxigênio, abrindo espaço para os aeróbicos se desenvolverem.
Heterótrofa: os primeiros organismos seriam anaeróbios, e lentamente, sofreriam mutações originando os autótrofos.
       Situações como a descoberta das proteínas simples em meteoritos têm contribuído para modificações da hipótese autótrofa: os primeiros organismos vivos, seriam originários de transformações em compostos orgânicos  trazidos por meteoros, que se instalaram em dois lugares nos oceanos primitivos: nas profundezas e em áreas rasas. Os das profundezas, originariam as arqueobactérias e, os de regiões rasas, as cianobactérias. Entretanto, os registros fósseis de arqueobactérias são bem mais antigos que de anaeróbios ou cianobactérias,considerando as datas estimadas dos fósseis....
Então, qual seria a ordem de desenvolvimento dos organismos na Terra primitiva?
Se não considerarmos as arqueobactérias:
Fonte: https://exame.abril.com.br/ (adaptada)

Se considerarmos as arqueobactérias:
Fonte:https://exame.abril.com.br/ (adaptada)



segunda-feira, 11 de maio de 2020

A IMPORTÂNCIA DOS SAIS MINERAIS COMO NUTRIENTES



        O Corpo humano é formado por células que funcionam para nos manter vivos. Muitas estruturas são produzidas pelas nossas células, mas a regulação dos processos vitais precisa de sais minerais para ocorrer. Os sais minerais são considerados micronutrientes por não precisarem sofrer ação de digestão para serem utilizados nos processos vitais. Dessa forma, nosso corpo incorpora os sais minerais presentes nos alimentos:
Nosso corpo mineral
O Cálcio (Ca), por exemplo, é incorporado para formar ossos e dentes, mas também é importante  para a coagulação sanguínea. A fonte de cálcio mais conhecida é o leite e seus derivados, mas outros alimentos também fornecem esse micronutriente para o organismo: frutos do mar (ostras e mexilhões) e sementes como castanhas, amendoim e grão de bico, são alguns exemplos. Quando falta no organismo, pode provocar enfraquecimento dos dentes e ossos, provocando doenças como osteoporose e deformações nos ossos.
O Fósforo (P) é necessário para as moléculas de RNA e DNA, além de participar na composição de ossos e dentes, também. Esse elemento é encontrado em grande quantidade nas carnes, nos peixes e no leite e seus derivados. A carência desse elemento, pode levar à uma doença chamada raquitismo, que tem como sintomas: ossos quebradiços, músculos atrofiados e alterações no sistema nervoso.
O Sódio (Na), além de controlar a quantidade de água no organismo, atua nas transmissões de estímulos entre os neurônios (sinapse) e nas contrações musculares. A fonte mais rica em sódio, é o sal de cozinha. Cãimbras e dificuldade de cicatrização são alguns sintomas de carência desse elemento.
O Potássio (K) participa das sinapses e contrações musculares, com o sódio. Pode ser encontrado em alimentos como: azeitona verde, arroz integral, espinafre, figo e lentilha. Alterações nas contrações musculares, inclusive cardíacas, podem ser decorrentes da ausência de potássio no organismo.
O Ferro (Fe) constitui as hemácias do sangue e faz o transporte de oxigênio pelas veias e artérias. O principal sintoma de carência de ferro é a anemia, e para evitá-la, podemos ingerir alimentos como fígado, leguminosas, beterraba e espinafre.
O Iodo (I) é o principal componente dos hormônios da tireoide, além de participar da ativação cerebral, controlar o armazenamento de oxigênio muscular e evitar o depósito de gordura nos tecidos. Alho, cebola, cenoura, agrião, rabanete e frutos do mar são as fontes mais ricas desse alimento. Entretanto, devido à grande carência desse elemento na dieta dos brasileiros, desde 1953, esse elemento é adicionado ao sal de cozinha.
Esses são alguns sais minerais essenciais ao bom funcionamento do corpo humano, o que nos faz repensar a nossa dieta, por vezes, não gostamos de determinados grupos de alimentos, mas a carência de algum sal mineral, presente nesse grupo alimentar, pode provocar sérios problemas de saúde.
Se repensarmos, a nossa dieta, inserindo nela uma quantidade considerável desses micronutrientes, poderemos evitar muitos problemas de saúde.

Qual o estado físico da água, nas nuvens?


       A resposta à pergunta do título se deve às mudanças de estado físico da matéria, para respondê-la, é necessário compreender os processos de atuam para que a matéria passe pelos diferentes estados físicos conhecidos: sólido, líquido e gasoso. 
A matéria é composta por moléculas, seu estado físico depende da sua disposição: se estiverem muito próximas, a matéria encontra-se em estado sólido, à medida que se afastam, a matéria entra no estado líquido e, quando completamente afastadas, apresentam-se no estado gasoso.
A conformação molecular, determina as propriedades físicas da matéria, como por exemplo dureza e cor. Assim, quando matérias se encontram em estado sólido, apresentam maior grau de dureza e coloração visível. O nariz humano identifica moléculas dissolvidas no ar, então, quando estão em estado gasoso, é mais fácil para os humanos identificarem seu odor, por isso, sentimos o cheiro de um perfume ou da comida "no ar"!
Da mesma forma, quanto mais próximas as moléculas, mais visível tende a ser o objeto feito com essa matéria. E, o contrário também é verdadeiro: se a matéria encontra-se em estado gasoso, torna-se invisível para os humanos. 
Tomemos a água como exemplo: o gelo, é a água em estado sólido, logo, podemos vê-lo e identificar a forma como essa água adquiriu esse estado: cubos, icebergs ou a forma em que colocarmos a água para congelar. 
A água em estado líquido, não tem forma, pois as moléculas já se encontram afastadas o suficiente para conferir-lhe uma fluidez, que escorre, por isso o provérbio oriental:  


                                            Fonte: autora
           Seguindo esse raciocínio, o vapor d'água, por ser água em estado gasoso, é invisível, logo, se nós podemos ver as nuvens, a água, nas nuvens, não está em estado gasoso!
            Mas em qual estado físico, estaria a água nas nuvens então?
          Sólido, não pode ser, senão os aviões ficariam quebrados a cada viagem em céu nublado, por causa da colisão com o gelo.
           Nuvens não têm forma definida, mas são visíveis, então, as nuvens são formadas por pequenas gotículas de água, em estado líquido, que se mantêm em suspensão. Por isso, quando "as nuvens estão carregadas", afirmamos que "vai chover", pois, a quantidade de água líquida em seu interior é tão grande que as gotículas se uniram, e irão precipitar (cair).
          Nuvens se formam pela condensação da água que evapora dos rios, oceanos, lagos e outros corpos de água presentes na superfície da Terra.  
        Desde pequenos, somos acostumados a compreender o ciclo da água como se a nuvem fosse a representação da água em estado gasoso, mas, se o estado gasoso é invisível, não pode ser representado por um desenho! 
      Os melhores exemplos para evaporação da água, é o "sumiço da água" quando espirrada em uma superfície quente, ou as bolhas que "aparecem" indicando que algumas moléculas já estão passando para o estado gasoso. No momento em que enxergamos uma nuvem,  já ocorreu a condensação, e ela já retornou ao estado líquido!

quarta-feira, 6 de maio de 2020

TEORIAS DE ORIGEM DA VIDA

Quadro Salvador Dali Criança Geopolítica Nascimento Homem no Elo7 ...
Salvador Dali - "Criança"
           A obra "Criança" de Salvador Dali, surge em resposta à busca da pergunta: "De onde viemos?". Essa questão acompanha a humanidade desde os primórdios, e por isso, várias teorias foram desenvolvidas para explicá-la. 
         A origem da vida na Terra é objeto de discussão na Ciência europeia, há anos. Inicialmente, as diferentes culturas buscavam explicá-la por seus mitos, e na maioria deles, creditavam o surgimento da vida a um poder sobrenatural, ou alguma entidade superior. O mito mais conhecido entre nós, provem do livro bíblico Gênesis, no qual está escrito que Deus criou "todas as coisas". Com o tempo, adquiriu ares de teoria sendo batizada de Criacionismo.
          Entretanto, já na Grécia Antiga, o Criacionismo não era uma resposta satisfatória à questão. Aristóteles, grande filósofo grego, creditava a origem da vida a um princípio ativo, que seria a energia do sopro de vida sobre a matéria inanimada, tornando-a animada, ou seja, a vida surgiria espontaneamente no momento que  algo inanimado fosse atingido pela energia do princípio ativo. Por esse conceito de espontaneidade, a teoria aristoteliana passou a ser chamada de Geração espontânea, que foi aceita pela Igreja Católica, pois, de certa forma, confirmava a criação de seres humanos descrita no Gênesis: "Deus soprou vida em um boneco de barro."
        Além de Aristóteles, Anaxágoras, um outro filósofo grego, propôs a origem da vida em algum lugar no Universo, a teoria dele foi reestruturada por um conjunto de cientistas do Século XVIII, por esta teoria, chamada Panspermia, a semente da vida seria originária de um outro planeta e trazida para a Terra, onde se desenvolveria. Existia um problema com ela: "se a vida se originava em outro planeta, como investigar sua origem se não estamos lá"? E ela foi descartada...
    Com o passar do tempo, a dúvida persistia e era parcialmente explicada por variações da geração espontânea. Os naturalistas utilizavam exemplos como: vermes que se criavam no intestino humano, ratos de camisetas suadas, ou larvas de carne podre. Como representado na imagem, os gansos marinhos seriam originários das conchas presentes nas pedras ou troncos, ou os sapos, da lama do fundo das lagoas:
Fonte: Domínio público
        De qualquer forma, a ideia de que a vida poderia surgir de algo inanimado, foi presente por toda a Idade Média, tendo recebido outro nome: Abiogênese, que na verdade não deixava de ser outra forma de chamar a Geração espontânea. 
           O verbo "criar" é a essência da Abiogênese e por isso quando hoje proferimos frases como: "o lixo cria baratas" ou "a carne fora da geladeira cria moscas", estamos nos referindo ainda, ao pensamento de geração espontânea.
          No Século XVII, Francesco Redi, acreditando que todos os seres vivos nasciam de ovos, fez esse experimento:
Fonte: Domínio Público
             E constatou que, nos frascos vedados, não se criavam larvas. E você acha que ele conseguiu derrubar a Abiogênese?
       Não, a Abiogênese persistiu até 1862, quando Luis Pasteur ( o cara do leite PASTEUrizado) fez esse experimento aqui, conhecido como "frascos pescoço de ganso":
          E afastou definitivamente a teoria da Abiogênese, abrindo espaço para a Biogênese, teoria que hoje reina para a origem de seres vivos.
          A Biogênese diz que "um ser vivo, só pode se originar de outro ser vivo semelhante." 
        Mas a história não termina aqui, como a Ciência avança à medida que a tecnologia também avança, em 1990, cientistas detectaram proteína, em um meteoro que caiu na Argélia, considerando que proteína é a molécula básica de qualquer ser vivo, poderíamos pensar essa descoberta como um retorno à Panspermia?
                Enquanto especialistas discutem essas teorias, retorne ao quadro do Salvador Dali, no início do post, e analise as imagens a partir de cada teoria que foi explicada aqui.