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domingo, 31 de maio de 2020

ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO

   O sistema digestório humano é um sistema de órgãos que tem como principal função, receber e processar os nutrientes para que sejam utilizados pelas células. A anatomia é a parte da Biologia que estuda os componentes que formam os órgãos, enquanto a fisiologia é a área da Biologia que estuda como esses órgãos funcionam.
   Nosso sistema digestório possui órgãos que são responsáveis pela recepção dos nutrientes e sua digestão. É um tubo cuja entrada é a boca e a saída, o ânus. Como já vimos, todo sistema é um conjunto de órgãos, que por sua vez são conjuntos de tecidos, que por sua vez são conjuntos de células.
                         
   A boca pode ser considerada o primeiro órgão desse sistema, dentro dela, existem outros tipos de órgãos, que fazem parte ativa do processo de mastigação, digestão e deglutição dos alimentos: os dentes, a língua e as glândulas salivares. 
  Os dentes são formados, no centro, por um tecido conjuntivo (de preenchimento e rico em vasos sanguíneos e irrigação nervosa) recoberto por uma estrutura chamada dentina (sensível e rica em sais de cálcio). A dentina é recoberta, pelo esmalte - a substância com maior quantidade de sais minerais no nosso corpo, e que faz com que o dente seja nosso órgão mais duro - e pelo cemento - na região da raiz. Participam dessa forma, da mastigação e da digestão mecânica, cortando e/ou triturando os alimentos.
   A língua é um órgão formado por tecido muscular estriado**, mas também, ricamente enervada e recoberta por receptores nervosos chamados de papilas gustativas, são elas que identificam o gosto dos alimentos. Além de perceber os gostos dos alimentos, a língua empurra o bolo alimentar para a continuação do sistema digestório.
   As glândulas salivares, são órgãos glandulares, compostos por tecido glandular epitelial, e tem como função produzir a ptialina, ou amilase salivar (saliva), que inicia a digestão química do amido na boca, além de umidificar o bolo alimentar para que desça para o restante do sistema. 
  Quando o alimento é deglutido, ele passa pela faringe, órgão compartilhado com o sistema respiratório e que se localiza no fundo da nossa garganta. As células da faringe formam um tecido epitelial estratificado com células caliciformes (forma de cálice), produtoras de muco, e por tecido muscular estriado**, o que ainda permite controle à descida do bolo alimentar. A faringe tem, em seu limite inferior, a epiglote, uma pequena cartilagem que direciona o alimento para o esôfago e o ar, para a traqueia. Quando a gente "engasga", na maioria das vezes, é porque a epiglote se atrapalhou em fazer esse controle.
   Continuando seu trajeto, o alimento desce pelo esôfago, um tubo de tecido muscular liso, que empurra o bolo alimentar em direção ao estômago fazendo os movimentos sincronizados, chamados de movimentos peristálticos, quando sua barriga parece estar "roncando" é apenas o eco dos movimentos peristálticos no sistema digestório vazio. 
     O estômago é o próximo órgão no caminho do bolo alimentar. Aqui, ele muda de nome, passa a ser chamado de quimo, é uma massa de alimentos triturados com muuiiita água, que chega a uma bolsa de músculo liso, com células produtoras de ácido clorídrico em sua parede interna. Esse ácido clorídrico é responsável por iniciar a digestão das proteínas, pois quebra as ligações de hidrogênio que mantém os peptídios unidos.
     O próximo órgão, chama-se intestino delgado, tão grande que é dividido em duas partes: duodeno: onde desembocam o pâncreas (glândula produtora da maioria das enzimas) e a vesícula biliar (produtora de bile - uma substância que emulsifica as gorduras*). Também é formado por musculatura lisa, e revestido internamente por células mucosas, com microvilosidades (dobras na membrana plasmática que aumentam sua superfície). 
       A outra parte do intestino delgado, chama-se jejuno-íleo, e é onde os nutrientes são absorvidos, passando para o sistema sanguíneo. Por essa função, esta parte do duodeno apresenta em sua superfície interna, muitas dobras, chamadas de vilosidades intestinais, que aumentam consideravelmente a superfície de absorção do órgão. 
     O último órgão do sistema digestório é o intestino grosso, aqui, o bolo alimentar muda novamente de nome, vira quilo. Nesse ponto, toda a água adicionada durante o caminho de digestão, é reabsorvida, e volta ao sangue, ou seja, são produzidas as fezes. Quanto mais tempo o quilo permanece no intestino grosso, mais "secas" ficam as fezes. Animais que vivem em locais com pouca água disponível, evacuam "bolinhas" porque a absorção de água no intestino grosso é muito eficiente.
        Como o intestino grosso faz muita absorção, ele também tem muitas vilosidades intestinais, e também é formado por músculo liso** para empurrar as fezes para fora do reto
* EMULSIFICAR GORDURAS é o processo feito pelo detergente de louça: retirada da película que envolve a gordura, permitindo que ela se torne solúvel em água. A bile, é um detergente, não uma enzima.
** A diferença entre MÚSCULO LISO e ESTRIADO é que o liso se contrai independente da nossa vontade, e o estriado tem as contrações controladas pela nossa vontade.


 

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